A realidade aumentada já é utilizada em muitos aplicativos. Saiba mais sobre essa tecnologia e como ela pode se desenvolver no futuro.
Ampliar a forma como vemos as coisas, os objetos e até as pessoas. Essa seria a proposta da chamada realidade aumentada, uma experiência capaz de mudar, através da tecnologia, toda a perspectiva de como enxergamos e percebemos o mundo.
"A realidade aumentada pode ser definida como a combinação de elementos reais e virtuais que, através de uma tecnologia de ponta, resulta em experiências visuais em segunda ou terceira dimensão", explica Albert Costa, pesquisador de ciência de computação na Clemson University e CEO e sócio da WebEleven, empresa que desenvolve programas de realidade aumentada.
Um exemplo de realidade aumentada é visitar um museu e ver uma estátua se mexer, como em uma animação, explicando ao visitante as informações sobre a obra. Para se ter essa experiência, no entanto, não basta ter um aplicativo em smartphones ou tablets pessoais.
Também é preciso que a instituição - no caso do exemplo citado, o museu - tenha desenvolvido a tecnologia para o acesso à esta experiência de realidade aumentada. Mas as possibilidades de utilização da realidade aumentada são inúmeras.
Outro exemplo bastante conhecido é o jogo Pokémon GO. Um dos objetivos do game é capturar os monstrinhos e para isso os usuários devem ir a um lugar específico, onde uma das criaturas está escondida, - como por exemplo, na esquina da Avenida Paulista com a Consolação - direcionar a câmera do celular e na tela do smartphone aparecerá o pokémon a ser capturado andando na rua da cidade.
Os exemplos de produtos que usam realidade aumentada ainda é limitado, mas o avanço dos conhecimentos em inteligência artificial já é capaz de permitir algumas projeções do que está por vir.
Um exemplo: já existem testes com um tipo de óculos capaz de dar as especificações de um modelo de carro através de sua placa. Basta olhar para a placa do carro com os óculos específicos.
"Com estes mesmos óculos, seremos capazes de receber a informação de alguém com quem cruzamos na rua só olhando para o rosto dela", confirma Costa. Na prática, o dispositivo registra a imagem do rosto para o qual olhamos e vai buscar informações daquela pessoa. Nos mesmos moldes que a busca do Google através de imagens já permite.
A vida com a realidade aumentada fora do âmbito meramente comercial ou de entretenimento nos parece bem atrativa. Mas por que ela ainda não quebrou as barreiras da vida pessoal e social?
Segundo o sócio da WebEleven a questão de segurança tem sido um impedimento para que a realidade aumentada alce voo nos aplicativos mais pessoais. Em tempos de vazamento de informações por redes como Facebook e Google+, o receio é legítimo.
No entanto, especialistas em tecnologia preveem tempos de calma mais adiante. "A questão de segurança tende a deixar de ser o tema central das discussões, tão logo os benefícios e as facilidades que tecnologia da realidade aumentada pode trazer às nossas vidas fiquem mais claros", completa Albert Costa.
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