Quando surgiu, em 2014, o relógio conectado não foi levado a sério, pois foi considerado como supérfluo se comparado aos smartphones, que são mais completos e úteis. Mas com o passar dos anos os smartwatches ganham cada vez mais adeptos e recursos interessantes.
Assim como outras tecnologias conectadas, como alto-falantes, os relógios se caracterizam pela necessidade de acesso à internet ou a um outro aparelho via Bluetooth. Isso garante diversas funcionalidades a esses pequenos computadores, por exemplo, emitir notificações que só seriam acessíveis pelo telefone, produzir lembretes de agenda ou soar alarmes de acordo com informações disponíveis no banco de dados do usuário.
Ou seja, não é um relógio conectado por acaso. Trata-se de um objeto que precisa, acima de tudo, de conectividade com a rede, algo que poderá ser aperfeiçoado com a chegada da internet 5G.
Para saber o que pode ser feito com um relógio conectado, o CCM conversou com o especialista em TI Sébastien Mournetas, que possui um modelo Fitbit, smartwatch voltado para esportistas. Detentor de um telefone Android, ele convive diariamente com seu relógio conectado - e não tira nem para dormir.
Isso porque uma das funções do aparelho é justamente verificar a qualidade do sono ou possíveis distúrbios. “Ele registra dados como o número de passos, ritmo cardíaco, movimentos dos pulsos ou altitude”, explica Sébastien.
Com os dados coletados sobre os usuários, o relógio é capaz de rastrear exercícios e monitorar o consumo de calorias. Os modelos mais sofisticados detectam ainda atividades esportivas, como corrida, natação, remo, entre outras. “Graças ao GPS embutido, é possível traçar um percurso da atividade”, afirma Mournetas.
Além disso, através do Bluetooth, os relógios também podem tocar música nos fones de ouvido sem fio e alguns são capazes de enviar SMS ou fazer ligações sem necessidade do telefone. Recentemente, as fabricantes dos relógios têm investido cada vez mais em soluções de saúde, com inteligência artificial que pode, no futuro, monitorar os batimentos cardíacos, nível de açúcar no sangue e alertar para o risco de doenças.
Os valores variam muito a depender das funcionalidades oferecidas por cada modelo. Aparelhos de marcas mais baratas, como Lemfo e Xiaomi, os preços oscilam entre R$ 150 e R$ 300 enquanto o smartwatch Samsung custa cerca de R$ 1.000. Por fim, os modelos mais modernos do Apple Watch chegam a valer mais de R$ 2.000.
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