Entenda um pouco melhor o que está por trás da expressão <bold>Internet das Coisas. Talvez você até já seja adepto dessa tecnologia e somente ainda não se deu conta disso. </bold>
Segundo a definição usada pela área da tecnologia, a Internet das Coisas é um conceito para definir a interligação de diversos objetos através da rede mundial de computadores. Em outras palavras, basta imaginar uma casa na qual seja possível ligar o fogão ou acender a luz através de um smartphone. A interligação de eletrodomésticos já é uma realidade e a tecnologia está cada vez mais presente criando as chamadas casas inteligentes.
Em entrevista ao CCM, Pierre Cortois, engenheiro de telecomunicações da empresa Altim, afirma que, na prática, não há muito segredo. “A geladeira pode ser programada, por exemplo, para contar as calorias dos alimentos que retiramos dela”, explica o especialista. Assim também, o smartphone com despertador marcado para 6 horas da manhã pode se interligar à máquina de café para deixar a bebida pronta às 6h15. “Um esforço pequeno para deixar a vida mais fácil”, diz Cortois.
Para especialistas, não é mais possível negar esta revolução digital já começou, mas ainda não acabou. "A Internet das Coisas consiste em uma crescente implantação de tecnologias agrupadas, tudo em uma mesma rede. A diferença é que não será mais restrita a um computador ou smartphone", conta o engenheiro da Altim. Cada dispositivo está ligado à a rede mundial de computadores. “E eles se intercomunicam porque são endereçáveis de protocolos de comunicação padrão. Hoje em dia a maior parte dos produtos eletroeletrônicos já saem das fábricas com esta programação”, diz Cortois.
Como explica Cortois, até 2020, pode haver até 30 bilhões de objetos conectados à internet no mundo. Porém, atualmente, os dispositivos têm requisitos adicionais de processamento, comunicação e exibição em relação aos seus similares tradicionais, ou seja, os eletroeletrônicos não inteligentes. “A produção de componentes de produtos inteligentes exige materiais e energia adicionais. Isso os deixa mais caros. Mas a tendência, à medida que se popularizam e a demanda cresce, é que surjam aparelhos dotados de Internet das Coisas mais acessíveis”, afirma o engenheiro de telecomunicações.
De acordo com o especialista, a tecnologia avança de modo tão veloz que praticamente não nos damos conta de como nos adaptamos a elas. Ao mesmo tempo, uma vez adaptados aos avanços tecnológicos, menos conseguimos imaginar a vida sem estes aparelhos eletrônicos. No caso da Internet das Coisas, a dependência é um risco. “Hoje em dia, quem se imagina sem um smartphone? Ou sem poder pagar uma conta pelo computador? O risco é, no futuro, não sabermos mais fazer nosso próprio café, por exemplo”, alerta Pierre Cortois.
Outro fator levantado por especialistas é a questão do consumo de eletricidade. Ter diversos aparelhos interconectados requer energia. “Esses dispositivos podem gerar economia direta de energia, mas é muito menos claro qual será seu efeito líquido no sistema de energia mais amplo", completa o engenheiro.
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