Lançamento do HTML5, ascensão do Bing e da pesquisa social, lançamento do Google Instant, as coisas evoluem no que diz respeito ao SEO (Otimização dos mecanismos de busca) este ano. Apesar das novidades só terem tido um impacto moderado até agora sobre as técnicas do SEO, esta situação deve mudar nos próximos meses e obrigará os experts a se adaptarem. Então, vejamos o que mudou em 2010.
O HTML5 é o sucessor do HTML.4.0.1. Sua aprendizagem, através de diferentes navegadores web, acelerou bastante este ano. As especificações do HTML5, que ainda não acabaram, foram realizadas pelo World Wide Web Consortium (W3C), um organismo internacional encarregado do desenvolvimento dos padrões da web. O HTML5 introduziu certo número de novidades em termos de organização e de estrutura do código (descrição dos tipos de dados), e no plano das interfaces de programação. Desta forma, a primeira versão 8 novas APIs que permitem melhorar sensivelmente a interatividade das páginas e da experiência do usuário (ex: desenho 2D (canvas), API permitindo jogar com videogames/sons/músicas, uma API arrastar/soltar, uma API de geolocalização, etc.).
HTML5 introduziu balizas que permitem escrever vários tipos de dados e otimizar as conexões entre elas. Sua utilização deve afetar o SEO de diferentes conteúdos, principalmente nos dois planos:
O conteúdo do texto: o HTML5 introduziu novas balizas que permitem trocar a estrutura semântica das páginas web. Como:
A baliza aside destinada aos conteúdos ligados indiretamente ao próprio artigo, como a adição de um folheto publicitário, por exemplo.
A baliza article que define as sub-partes em uma página.
A baliza ins que indica as partes de uma página web que foram atualizadas.
O novo elemento header afeta a otimização do SEO dos diferentes níveis de texto (título, subtítulo e resumo) e a hierarquia entre esses níveis. Seu objetivo é permitir que os motores de busca e seus robôs indexem melhor os conteúdos. Uma baliza específica para o elo de links internos também está surgindo (nav), ele informa os motores de busca sobre a estrutura do website.
O conteúdo de multimídia: através da introdução de uma baliza vídeo, que pode reproduzir vídeos diretamente na página da web sem usar outra tecnologia (como o Flash, concorrente de HTML5). O mesmo vale para a baliza áudio sobre a leitura de arquivos de som.
Segundo um comparativo (em inglês) produzido pelo W3C, a versão mais recente do Internet Explorer 9 (IE9) apresenta o resultado de conformidade mais avançada e ultrapassa o Chrome 7, Firefox 4, Opera e Safari 10,60 5. Segundo a organização, Microsoft têm realizado um trabalho real de conformidade sobre diversos aspectos da norma, incluindo vídeo e Canvas (com uma pontuação de 100% em 5 dos 7 domínios testados pelo W3C). O suporte do HTML5 pelos navegadores mais recentes está cada vez mais avançado.
Os desenvolvedores e especialistas em SEO devem se preparar para essa evolução. Mesmo que no momento, os navegadores mais antigos, ainda muito utilizados, não possam ler corretamente o HTML 5 e o CSS 3.
Se acreditarmos no artigo publicado recentemente por um perito do Google no Fórum do Google Webmaster Central, HTML5, o suporte do motor de busca, ainda não está na ordem do dia:
"Os novos elementos introduzidos pelo HTML5 ainda não foram completamente adotados (e devidamente utilizados), se bem que HTML5 ainda não é, em nossa opinião, uma forma de apreender melhor a compreensão dos conteúdos. Na medida em que HTML5 se tornará mais popular, seus elementos vão conferir maior valor para o nosso sistema de indexação e a nossa posição vai mudar."
O Bing foi, recentemente, alvo de notícias com o lançamento de uma versão do seu motor de busca otimizado IE9, que incorpora vários elementos de HTML 5 na sua interface. Em todos os casos, essa evolução não passou desapercebida pelos indexadores, pois o Bing deve triplicar rapidamente a sua audiência, por conta da sua aliança com o Yahoo!
Daqui a alguns meses, o Bing poderá gerar mais de 30% dos resultados das pesquisas por palavras-chave, um efeito mecânico resultante da aliança entre o Yahoo! e a Microsoft e, assim, fará dele o principal concorrente do Google (Yahoo integrando Bing para a pesquisa no seu portal).
Os editores de site devem antecipar o aumento do volume de pesquisa no Bing, inclusive, melhorar o SEO do seu site no motor de busca, com a rentabilização de seus espaços, através da futura rede publicitária do Yahoo.
O Bing publicou recentemente em sua Tool Box um conjunto de conselhos destinados a otimizar o SEO dos sites em seu motor. Dentre eles, a utilização das balizas Titles, a descrição do conteúdo pelas meta-balizas, a otimização da baliza Header, a rede dos links internos aos conteúdos, o formato do URL, a disposição e/ou repartição do conteúdo e os links de entrada e de saída
Leia a nossa dica sobre Como referenciar corretamente seu site no Bing
Com a recente aproximação com o Facebook, o Bing integra, progressivamente, a recomendação social na exibição dos resultados do motor de busca. E mistura a opinião dos membros da rede social com os resultados gerados pelas consultas. Este recurso é similar a um "teste de relevância" com resultados complementares.
Quando um usuário do Facebook estiver conectado à sua conta, o Bing poderá combinar resultados de pesquisas com as recomendações de amigos do Facebook, elaborando a partir da história do mural, se estes forem relevantes. O usuário verá se os links para as páginas atraem o interesse de seus amigos e se são exibidos de acordo com o alvo da consulta.
Quais as consequências para o SEO das páginas no Bing? A visibilidade, em primeiro lugar. Apesar deste recurso abrir uma nova era de pesquisas na internet, ele deverá complicar mais a tarefa dos indexadores, pois dificulta os parâmetros de pesquisa que permitem aos seus clientes melhorar sua Página Rank em função de determinadas palavras-chave digitadas, exibindo os resultados como "'pessoal-dependente", já que são ligados às contas do Facebook.
Para finalizar, o Google lançou recentemente o Google Instant, um serviço de busca que permite uma visualização imediata dos resultados de topologia dinâmica, combinada com uma ferramenta de consultas de previsão de solicitações. Ele acelera os resultados da pesquisa na Internet. Além do impacto sobre a visibilidade dos links patrocinados, este novo serviço do Google, que vem ganhando em popularidade, também deveria ter impacto sobre as técnicas de otimização de SEO dos conteúdos.
Este impacto está relacionado com a mudança no comportamento dos usuários que utilizam as consultas de “auto-completar” juntamente com a visualização instantânea dos resultados. Segundo Avichal Garg, ex-gerente de recursos de desenvolvimento da pesquisa qualitativa no Google: "O impacto será enorme, o comportamento do usuário vai mudar e as técnicas de otimização para mecanismos de busca devem compactuar." Entre as mudanças citadas pelo especialista estão a capacidade de "escanear" as páginas da web num piscar de olhos, a construção de padrões estereotipados de movimento ou a capacidade de aprimorar progressivamente os seus termos e solicitações.
HTML 5: o que mudou
Referenciar corretamente seu site no Bing
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