Os aplicativos e objetos conectados de saúde estão tendo um crescimento significativo e vêm se integrando cada vez mais na prática médica. Assim sendo, eles devem fornecer informações de qualidade e respeitar a privacidade do usuário. Para atender a esses exigências cruciais, existem normas de boas práticas e indicações regulamentares para desenvolvedores e editores.
O termo saúde conectada engloba aplicativos móveis e objetos conectados de nível médico. Segundo autoridades de saúde, já existem muitos em uso, sem contar com os que estão sendo criados. Na verdade, a saúde é um dos domínios digitais mais prolíficos. Esses aplicativos e dispositivos conectados mostram-se muito úteis na saúde e bem-estar, do simples acompanhamento esportivo ao diagnóstico médico passando pela adesão ao tratamento. Por exemplo: controle dos batimentos cardíacos, monitoramento do sono, acompanhamento do peso e da dieta, medicação e lembretes, conhecimentos básicos em matéria de remédios, etc.
Os aplicativos de saúde e objetos conectados são destinados tanto ao público em geral quanto aos desportistas, pacientes e profissionais de saúde.
A saúde não pode deixar espaço para o “mais ou menos”. Além disso, para evitar os riscos ligados a erros de diagnóstico ou tratamentos inadequados, é preciso utilizar um aplicativo ou objeto conectado de confiança. As informações devem ser confiáveis e verificadas por profissionais de saúde ou autoridades competentes.
Este é um desafio comum a muitos aplicativos, independentemente do seu campo de uso. Na área da saúde, quando se trata de informação médica, isto é ainda mais crucial. A coleta de dados pessoais deve ser justificada, além de beneficiar de sistemas de segurança significativos.
Certos aplicativos de saúde podem se basear em marcas ou laboratórios que os utilizariam para fins promocionais. A supervisão do desenvolvimento de aplicativos e objetos conectados também visa garantir a neutralidade das informações dadas e leva a uma maior transparência quanto aos possíveis centros de interesse.
Com as novas tecnologias, a saúde conectada está totalmente integrada à prática médica e às relações entre os profissionais e seus pacientes. Alguns médicos podem preconizar o uso de um aplicativo em complemento à consulta e podem, eles próprios, utilizá-lo diariamente.
Face ao desenvolvimento dos aplicativos e objetos médicos conectados, os desenvolvedores e editores de aplicativos devem regulamentar a criação de aplicativos e objetos para melhorá-los e garantir a sua qualidade. Os critérios a serem destacados são:
Confiabilidade e qualidade das informações dadas: interpretação humana de um profissional reconhecido,
Desempenho técnico do aplicativo: a precisão da medição e ausência de efeitos colaterais indesejáveis,
Segurança e Privacidade: criptografia de dados e uso de pseudônimos,
Facilidade de uso e ergonomia: adaptação para pessoas com deficiência e assistência técnica.
O nível de exigência não é o mesmo para todos os aplicativos de saúde e objetos conectados. A exigência de cumprimento deve ser classificada em três níveis (baixo, moderado, alto) determinado pelo objetivo do aplicativo (informação, prevenção, análise de dados precisos, etc.) e pelo público-alvo (público em geral, pacientes, profissionais de saúde, etc.). Para cada aplicativo ou objeto, as boas práticas podem ser aconselhadas, recomendadas ou obrigatórias.
Nem todos os aplicativos têm o status de dispositivo médico (DM). Assim, existem vários marcos regulatórios para verificar a conformidade do seu software, já que para que um aplicativo possa ser considerado como DM, ele deve permitir um diagnóstico ou auxílio ao diagnóstico e um tratamento, ou ajuda ao mesmo.
Riscos de segurança nos objetos conectados na empresa
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