Novas tecnologias que vão revolucionar o mundo

Você está preparado para pegar um drone e se deslocar de casa para o trabalho? Ou deixar de assistir TV? Quem sabe deixar o forno preparar aquela receita de bolo sozinho? Essas são apenas algumas mudanças de um futuro cada vez mais próximo que serão trazidas pelo avanço da tecnologia.

Devemos temer novas tecnologias?

Tecnologia disruptiva. Essa expressão vem sendo usada de forma recorrente para explicar o fenômeno carregado com a utilização de inovações tecnológicas no dia a dia. Por definição, disruptivo quer dizer algo que rompe. “Ou seja, falar ao telefone na rua, sem um fio, pode parecer algo corriqueiro hoje, mas há 30 anos era impensável”, lembra Pierre Cortois, engenheiro de telecomunicações da empresa Altim. Romper com um costume é algo que traz vantagens, mas ao mesmo tempo desconforto. Mas, como afirma o especialista, a boa notícia é que logo nos acostumamos com as novidades.

Como será ver TV?

Assistir TV é algo tão enraizado em nossa sociedade que fica difícil imaginar a possibilidade de vivermos sem a telinha, que hoje em dia tem ficado cada vez menor e cabe no bolso. “Hoje as pessoas de 30 anos para baixo usam o celular para ver conteúdo em vídeo. Quando raramente usam televisor, escolhem o que querem ver”, explica Marco de Cardoso, coordenador da Pós-Graduação em Mídias Digitais e Interativas no SENAC/RJ.

Portanto, o hábito de sentar-se em frente à TV na hora que vai começar um programa é um hábito que já está sendo modificado. No futuro, a televisão só será interessante para ver programação ao vivo, como shows, esportes ou jornalismo. A chamada programação on demand, comum em sistemas como Now ou Netflix, será a realidade.

Como será andar de carro?

Milhões de brasileiros são apaixonados por carros. Mesmo em assim, nossa relação com os carros tende a ser alterada. “O carro deve ser no futuro o que a linha de telefone já foi. Por exemplo, houve uma época em que telefone era um bem. As pessoas compravam telefone, era um patrimônio declarado no Imposto de Renda. O telefone deixou de ser um bem e passou a ser serviço. Isso vai acontecer com os carros”, acredita Cardoso.

Para o especialista, poucas pessoas irão ter carro no futuro. Além de aplicativos agregadores, como Uber, ele imagina o futuro do automóvel muito além. “Você terá um aplicativo no seu celular. Quando quiser um carro para viajar, por exemplo, num fim de semana para uma casa de praia, você entra no aplicativo, diz quanto tempo quer ficar com o carro, paga com o cartão de crédito e o carro vem sozinho para sua porta”, aposta o pesquisador.

Máquinas botando a mão na massa

Segundo Cardoso, hoje já convivemos com situação corriqueiras que o desenho dos Jetsons já mostrava desde a década de 1970. “A família Jetson tinha uma espécie de TV-fone. Uma tela na qual aparecia a imagem do interlocutor ao se fazer uma ligação telefônica. Ora, hoje já é comum fazer uma chamada de vídeo”, lembra ele.

A ficção virando realidade não para por aí. Outro avanço que o desenho mostrava era, por exemplo, o fogão no qual bastava apertar um botão e saia um bolo ou pizza. Os sistemas integrados nas residências, chamados de Internet das Coisas, vão dar conta também dessa mudança trazida pela tecnologia. “Hoje já existem geladeiras que avisam, por exemplo, se um iogurte que você comprou e guardou na geladeira está perto de perder a validade", diz.

Drones e carros que voam

Os drones já são uma realidade para captar imagens que podem ajudar a demarcar terras, monitorar sistemas de segurança e até fazer belas imagens aéreas. Mas eles também estão avançando para se tornar um meio de transporte. Em abril deste ano, o mundo foi surpreendido com o primeiro voo público de um drone-táxi. Um mês depois, a feira VivaTech, em paris, exibiu o primeiro carro que voa. Desenvolvido por uma empresa da Eslovênia, o carro com asas tem previsão de ser lançado em 2021 e vai custar certa de US$ 1,5 milhão.

Teremos convívio com robôs?

Outra inovação batendo à porta apresentada em feiras de tecnologia ao redor do mundo são os robôs de serviços. Para o professor, a robotização da vida é um caminho sem volta. ”O uso de robôs, que hoje já domina a indústria, vai entrar no setor de serviços. Por exemplo, iremos ao barbeiro e haverá um robô para cortar seu cabelo. Entraremos em um hotel e haverá um robô para fazer seu check-in”, acredita ele. Na VivaTech, a empresa Conserto mostrou um robô, já usado em hospitais na Europa, que realiza anamnese básica do paciente antes da consulta médica.

A tecnologia vai acabar com os empregos?

Quanto a esta inquietação, o especialista é comedido. “Possivelmente algumas indústrias como a automobilística sofrerão perdas. Algumas pessoas terão que mudar de profissão. Mas, de qualquer forma, esse mercado novo também vai gerar negócios. A tendência, por exemplo, é que haja um grande número de locadoras de carro. E as empresas terão que oferecer serviços melhores e a competição será pelo serviço”, completa Cardoso.

Foto: © Alex Knight – Unsplash

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