Edições de 32 bits do Windows, como Vista e 7, possuíam, entre outras, uma desvantagem em relação às versões mais novas do sistema operacional relativa ao uso de todo o armazenamento da memória RAM. Você entenderá nessa dica porque esses sistemas acabavam tendo menor desempenho pelo uso restrito da RAM.
Versões mais antigas do Windows, tais como XP, Vista ou 7, possuíam 32 bits (veja aqui como saber se seu sistema é 32 ou 64 bits). Entre outras questões, essas edições do sistema Windows não eram capazes de utilizar todos os 4 gigabytes (GB) da memória RAM.
O que gera essa situação não é de ordem matemática. Sistemas de 32 bits são, por definição, capazes de endereçar exatamente 4.294.967.296 registros, ou seja, 2 elevado a 32ª potência. Esse é exatamente o total de bytes que compõem uma memória RAM de 4 GB.
Assim, qual a explicação para a incapacidade desses sistemas em usar todo o espaço da memória? Esse problema se deve à arquitetura de memória x86 adotada por esses sistemas. Ela obriga que parte da memória RAM seja consumida para armazenar os endereços de drivers periféricos de extensão PCI.
Dessa forma, a memória utilizada pelas placas de vídeo acaba por reduzir a quantidade disponível para operação do sistema. Em média, acabam restando de 2,75 a 3,5 GB de memória RAM.
Podemos concluir também que o espaço disponível na memória RAM vai variar dependendo do tamanho da placa de vídeo do computador. Placas de 512 megabytes deixarão livres cerca de 3,3 GB de memória. Já placas maiores de 1 ou 2 GB consumirão mais espaço da RAM.
Infelizmente, não há solução para esse problema. Existem algumas manipulações que podem ser feitas, mas elas nunca serão eficazes o bastante para permitir que você utilize toda a memória nominal da RAM.
Assim, o melhor é mesmo migrar para um sistema com estrutura de 64 bits, como o mais moderno Windows 10. Além de usar toda a memória RAM do computador, os sistemas operacionais mais novos também contam com atualizações regulares e com os recursos de configuração e ferramentas mais avançados
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