Com promessas de redução de preço que podem chegar a 70% do valor original de um produto, a Black Friday atrai consumidores de todo o Brasil para compras pela internet. Mas também pode virar a ocasião para golpes cibernéticos. Veja as dicas para se prevenir.
Tradição que começou nos Estados Unidos, a Black Friday é a sexta feira após o dia de Ação de Graças, celebrado sempre na terceira quinta-feira do mês de novembro. Na prática, trata-se do dia em que o comércio faz grandes promoções de preços de produtos ou serviços, dando a largada para as compras de Natal. Atualmente a Black Friday também é popular no Brasil.
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Segundo Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, o usuário precisa estar atento a alguns fatores: a reputação da loja, se a mesma já é conhecida e está há algum tempo estabelecida. “Também é recomendado o uso de certificados digitais nas suas páginas de login e de pagamento. Tal certificado garante que os dados estarão cifrados ao saírem do dispositivo do comprador, chegando até os servidores de forma cifrada, garantindo a inviolabilidade dos sites”, orienta o especialista.
Geralmente os sites fraudulentos e falsos trazem ofertas muito baratas, bem abaixo do valor normal do produto e são desconhecidos do grande público. “Alguns sites falsos também podem exibir os certificados digitais, portanto esse não é um fator exclusivo para identificar sites legítimos ou não. Recomendamos que o usuário faça uma busca no site do PROCON para saber se o site está na blacklist”, orienta
Ainda de acordo com Fabio Assolini; é muito comum nessa época sites falsos de lojas de e-commerce já estabelecidas e conhecidas no mercado, porém com preços muito baixos. Esses sites falsos (de phishing) são criados unicamente para roubar dinheiro do usuário ou clonar seu cartão. “Nesse caso, soluções de segurança como o Kaspersky Internet Security pode proteger o usuário, bloqueando o acesso a esses sites falsos”.
Outra reclamação usual de compradores on-line é a dificuldade em finalizar a compra no dia da BlackFriday, quando o site interrompe a compra sem efetivá-la. Do ponto de vista tecnológico, isso geralmente está relacionado ao excesso de acessos, ou seja, quando o número de visitantes é maior do que a infraestrutura que o site pode suportar.
“Além disso, pode também estar relacionado a ataques de DDoS (Distributed Denial of Service), realizados por cibercriminosos. Para o primeiro problema, a loja de e-commerce precisa reforçar seu background. Para o segundo, é necessário a contratação de empresas especializadas em oferecer proteção contra ataques de DdoS”, explica Assolini.
Os especialistas indicam algumas ações simples, que podem evitar que o consumidor caia em ciladas na hora de suas compras on-line durante a Black Friday. Para se proteger desse tipo de golpe é importante se atentar a estas dicas nada complexas - e que podem fazer toda a diferença:
A ideia de comprar um produto de maneira prática e rápida pode ser muito desagradável, caso o comprador utilize uma loja falsa para realizar sua compra. Se é um local desconhecido ou oferece descontos muito altos, há grandes chances de ser uma isca para roubar dados pessoais e dinheiro.
“Vale lembrar que sites de grandes marcas também podem ser usados para fraudes, por esse motivo é sempre bom checar a URL do site e utilizar apenas sites oficiais” recomenda Assolini, da Kaspersky. Pierre Cortois, consultor independente e chefe de projeto em telecomunicações na França, tem outra dica, “basta escolher sites que comecem com https. Poucos sabem, mas a letra ‘s’ desta sigla significa nada mais nada menos do que ‘segurança’”, explica o especialista.
Por serem informações relevantes para o destinatário, os e-mails recebidos com atualizações do pedido podem ser vistos como uma grande oportunidade para os cibercriminosos, pois por meio destas mensagens é possível fazer com que o alvo forneça seu dados .
“Esse cenário simples é a essência dos golpes de phishing envolvendo compras de Black Friday e fim de ano. Nesse caso, é importante sempre checar se o remetente é legítimo, antes de clicar em links ou baixar informações suspeitas”, alerta o analista de segurança da Kaspersky.
“É muito comum receber mensagens do banco para entrar em contato para confirmar compras realizadas, mas essa ferramenta que evita possíveis golpes, pode ser um contato direto com criminosos interessados em seu dinheiro”, diz Assolini. Segundo o especialista, ao receber esse tipo de notificação, é imprescindível conferir se o número de contato é realmente do banco ou empresa indicada. Assim, caso haja alguma fraude, o comprador poderá impedir antes que o pior aconteça por meio de uma fonte confiável.
Essa é a mais nova modalidade dos golpistas, que têm usado especialmente as redes sociais para disseminar o golpe. Duvide de supostas ofertas recebidas por SMS. “Para confirmar se a oferta exibida na rede social é real, abra o navegador, navegue até o site do varejista e busque o produto anunciado”, reforça o especialista da Kaspersky.
Encontrou um site desconhecido com ofertas tentadoras? Antes de comprar consulte a lista do PROCON e também o Registro.br, na sessão “Whois”, que informa quem registrou o site. Golpistas geralmente usam endereços de e-mail gratuitos para registrar o domínio (Hotmail, Gmail, etc). “Também é importante verificar se o site possui conexão SSL (o cadeado de segurança), pois raramente sites fraudulentos o exibem”, completa Assolini.
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