Pode não parecer muito importante, mas a fonte de alimentação afeta diretamente o funcionamento de um PC. Ela deve ser escolhida obedecendo a certos critérios, tais como potência fornecida, formato e equipamentos disponíveis.
Em geral, um PC moderno, com processador Core i7 e placa de vídeo de médio porte, consome cerca de 300 W. Na verdade, os processadores modernos consomem pouco, pois eles são gravados com grande precisão. As novas placas de vídeo também são muito eficazes, mas as de alta qualidade podem ter alto consumo de energia. É útil saber qual fonte de alimentação escolher ao trocar sua placa de vídeo, por exemplo.
Antes de tudo, recomenda-se escolher uma fonte de alimentação de marca conhecida. Antec, Corsair, Enermax, Fortron e Seasonic são as marcas líderes no fornecimento de energia. A maior parte das fontes de alimentação dessas marcas pode fornecer mais do que o valor em voltagem declarado, garantindo maior durabilidade.
Evite fontes de alimentação muito limitadas. Elas vão superaquecer e o ventilador vai fazer muito barulho. Não sendo muito potente, seu desempenho não será bom, pois o desempenho de uma fonte de alimentação só é bom entre 20% e 100% de carga, com a média em torno de 50%. Para calcular a potência necessária para o seu PC, basta usar o software Power Supply Calculator (PSC).
Compre sempre uma fonte que esteja no meio termo da sua necessidade. Se o PSC oferece 382 W, uma fonte de 500 W roda entre 100 W e 500 W de carga, mantendo-se em média perto dos 382 W devidos. Dessa forma, o desempenho será otimizado, com ruído reduzido e você poderá comprar uma placa de vídeo mais potente.
As fontes de alimentação podem ter diferentes dimensões, assim como acabamentos especiais, tais como embalagem de cabos, cabos destacáveis, variação no número de tomadas Sata ou PCI-Express etc. O formato mais comum é o ATX com 15 cm x 14 cm x 8,6 cm. Também existem formatos menores para os mini PCs.
As fontes de alimentação recentes tem um conector para a placa-mãe de 24 pinos chamado de ATX 12 V, quatro ou oito pinos para alimentar diretamente o CPU, além de diversos conectores de alimentação para discos rígidos, leitores óticos e placas de vídeo, como os conectores Sata Molex, PCI-Express, entre outros.
As placas de vídeo atuais requerem conectores PCI-Express, com seis ou oito pinos, de acordo com a sua potência. Embora os adaptadores sejam fornecidos com as placas, é melhor você comprar os conectores corretos diretamente com a alimentação. Para ver o conjunto de conectores de uma fonte de alimentação, leia esse artigo:
Os cabos podem ser embalados ou não. Os embalados são mais práticos para o PC e deixam os fios agrupados:
As fontes de alimentação podem ser modulares ou não. Com a modular, pode-se conectar apenas os cabos necessários, é muito prático para não encher o PC de cabos desnecessários:
Muitas vezes, quando trocamos de placa de vídeo ou CPU, a primeira pergunta é se a fonte de alimentação é suficiente. Leia a etiqueta colada em um dos lados da fonte de alimentação para saber quanta energia ela fornece, principalmente na +12 V, porque um PC moderno consome 90% da sua potência na +12 V:
Na imagem da etiqueta acima, vemos que a fonte de alimentação é capaz de fornecer 33 A na +12 V. Devemos ler, abaixo dessas indicações de energia, a verdadeira potência da fonte de alimentação: Max Combined Wattage = 396 W na +12 V e 450 W, no total. Façamos na sequência o cálculo apresentado acima da média da potência para determinar se a fonte de alimentação é o bastante para a nova configuração.
Uma fonte de alimentação certificada 80 Plus (logotipo branco em fundo preto) é uma garantia de bom desempenho. Ele recompensa as fontes de alimentação capazes de ultrapassar 80% de rendimento sobre uma faixa de carga, indo de 20% a 100% da sua potência máxima.
Observação: novos padrões estão aparecendo todos os dias no mercado, tais como 80 Plus Bronze, Prata e Ouro, que recompensam as fontes de alimentação capazes de atingir respectivamente 82%, 85% e 87% de rendimento mínimo, entre 20% e 100% de carga. Alguns fabricantes colocam o logotipo 82+ para o 80+ Bronze.
Esse fator diz respeito às normas de perturbação elétrica em alguns países. Uma fonte de alimentação com PFC ativo é melhor do que um PFC passivo, pois com PFC ativo a forma da onda é muito próxima da sinusoidal e as harmônicas são muito fracas. Com isso, o estrago nos aparelhos vizinhos será imperceptível e a defasagem entre voltagem e corrente é nula, já que o consumo de um inversor será menor, aumentando a sua autonomia.
As fontes de alimentação deveriam fornecer uma corrente de energia contínua. Na prática, pelo fato da corrente se originar de um sistema de comutação, há sempre uma ondulação residual de alta frequência, também chamada de ruído ou ripple. Essa ondulação é prejudicial aos equipamentos eletrônicos e deve ser reduzida ao mínimo possível. O padrão ATX prevê 120 milivolts no máximo em plena carga, mas as melhores fontes de alimentação descem até 30 mV.
Algumas fontes de alimentação são silenciosas, mesmo em modo carga. O melhor é ficar abaixo de 45 dB e evitar as fontes de alimentação superiores a 50 dB em carga.
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