O pagamento por QR Code é uma modalidade que tem crescido, mas muitas pessoas ainda se perguntam como ela funciona. Geralmente associado à estrutura do Pix, esse tipo de pagamento não exige o uso de cartões e exige apenas um smartphone com acesso à internet, garantindo um procedimento mais rápido, porém seguro. Nesse artigo, aprenda o que você precisa saber sobre pagamento via QR Code.
O QR Code é uma imagem criptografada que pode ser escaneada pela câmera de um celular. Ao ser lido, ele redireciona o usuário para uma informação, um site ou, no caso dos pagamentos, os dados da conta do vendedor ou loja na qual você está fechando uma compra. Para saber como funciona um pagamento por QR Code, o CCM Brasil conversou com Ralf Germer, CEO da fintech PagBrasil.
Essa forma de pagamento precisa apenas do QR Code do vendedor, um celular com acesso à internet e o aplicativo do seu banco ou carteira digital. A modalidade utiliza a tecnologia do Pix, garantindo um pagamento instantâneo. No entanto, Germer destaca que existem dois tipos de pagamento via QR Code: estáticos e dinâmicos.
“O estático é mais comum para vendedores autônomos ou lojas físicas. É aquele QR Code que fica no balcão, impresso em papel. Nesse caso, o cliente aponta a câmera para ele e é redirecionado para o aplicativo do banco para inserir o valor e confirmar o pagamento”, explica.
Já o formato dinâmico é totalmente digital e, por isso, mais utilizado em sites de e-commerce. “A principal diferença é que eles são específicos para aquela compra e já incluem o valor total. O usuário só confirma o pagamento no app”, diz Germer.
Como dito acima, essa forma de pagamento está inserida na estrutura do Pix. Assim, para Ralf Germer, seu futuro está associado ao dele. E a perspectiva para os próximos anos é de grande crescimento. Porém, o especialista destaca que é difícil prever o que vai acontecer.
“O Pix é uma plataforma com a qual muitos recursos serão criados. Em 2007, quando o iPhone foi lançado, sabíamos a mudança que aquilo representava, mas quem poderia imaginar todos os aplicativos que seriam desenvolvidos e como eles mudariam nossa vida?”, exemplifica.
A velocidade de implementação de novidades ao Pix e a adesão do público provavelmente será mais rápida que no caso dos smartphones, defende Germer. “O fenômeno de pagamentos por QR Code e outras modalidades é global e o Brasil está se baseando em experiências bem-sucedidas de outros países, como China e Índia”.
O pagamento com QR Code é mais rápido e seguro do que o uso de dinheiro e cartões. Contudo, falar em fim do dinheiro e dos cartões pode ser precipitado em um primeiro momento. São duas razões principais para isso: o alto número de pessoas ainda sem conta em banco e a possibilidade de parcelamento com um cartão de crédito.
“Isso pode mudar com o desenvolvimento de formas de parcelar as compras com o Pix”, aposta o CEO da PagBrasil. “Vai facilitar a vida das pessoas já que há muita gente que ainda precisa ir todo o mês em uma loja ou casa lotérica pagar parcelas de um produto, por exemplo”, completa.
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