Para lutar contra os perfis falsos, Instagram pedirá aos novos cadastrados que enviem um vídeo como selfie. Este novo método de controle de identidade permitirá, por meio de inteligência artificial, verificar se eles são de fato humanos.
Perfis falsos são uma verdadeira praga para as redes sociais. Especialmente quando são usados para espalhar boatos, configurar golpes, assediar usuários ou enviar spam. Assim como o Facebook ou o Twitter, o Instagram sofre com esse problema endêmico que prejudica sua reputação. Mas a subsidiária do grupo Meta parece ter encontrado um truque bastante eficaz para lutar contra esta intercorrência. Conforme relatado por XDA-Developers, o consultor de mídia social Matt Navara descobriu que o Instagram começou a exigir que os novos membros enviem uma selfie em vídeo ao se inscreverem, para verificar se eles são de fato pessoas reais. O mais original é que esse controle não é feito por humanos, mas por uma inteligência artificial treinada para detectar efeitos especiais. Uma técnica, no mínimo inovadora, que pode surpreender mais de um.
Na prática, o Instagram não se contenta mais com uma simples foto: é preciso girar a câmera para capturar o rosto em diferentes ângulos, para não deixar escapar nenhum detalhe. A empresa promete que essas selfies em vídeo nunca serão publicadas e que serão automaticamente excluídas de seus servidores em até 30 dias após o envio. A rede social também garante que não irá coletar dados biométricos e que não usará a tecnologia de reconhecimento facial da empresa, tecnologia que o Facebook recentemente decidiu abandonar para identificação automática em fotos e vídeos. Por fim, essa medida parece, no momento, preocupar-se apenas com novos cadastros, não com contas já existentes. Mas nada impede que pensemos que o método de controle possa ser estendido a todos os membros em breve.
Por mais surpreendente que possa parecer à primeira vista, essa nova restrição pode ser muito mais eficaz do que a técnica clássica de pedir apenas uma foto, já aplicada por aplicativos de namoro como o Tinder. Resta saber se o algoritmo será capaz de detectar falsificações profundas, como os efeitos de vídeo sofisticados que fornecem resultados de realismo surpreendentes. Já podemos apostar que o desafio técnico vai gerar muitas tentativas de espertalhões da web, nem que seja para testar a robustez e confiabilidade do processo.
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